A produção textual na escola configura uma prática essencial para o desenvolvimento intelectual e para a formação social dos alunos: através dessa competência, o estudante pode expressar suas ideias em relação a diversos assuntos, aprender sobre a língua, além de encontrar formas de interagir consigo mesmo e com o universo que o cerca. Contudo, esse processo em sala de aula ainda associa-se a uma abordagem que leva em consideração, sobretudo, aspectos motores e exercícios mecânicos, uma escrita descontextualizada, que não desperta interesse, tampouco propicia ao aluno uma experiência de autoria e olhar crítico. Por essa razão, convém ressaltar outro viés para o trabalho com a produção de textos, o qual mencione aspectos cognitivos e sociointeracionais, isto é, uma escrita também de expressão dos discentes cuja dinâmica suscite textos e temas relevantes, com metodologias diversificadas a partir de uma efetiva produção de gêneros textuais. Com base nesta premissa, o presente trabalho tem como objetivo principal: apresentar a produção textual nos anos iniciais do ensino fundamental, evidenciando a escrita como atividade interativa. Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, referendada em Antunes (2003); Calkins (2008) e Koch (2012). Assim, retratamos neste estudo: a introdução (justificativa) e metodologia, em seguida, os resultados e discussões, nos quais sublinhamos acerca das concepções de texto, da produção de texto na escola e da escrita como atividade interativa e, por fim, as considerações finais. Notavelmente, as apreciações feitas no decorrer desse artigo podem contribuir para a formação docente no que diz respeito à dinamicidade na relação professor e aluno no momento de elaboração textual, uma produção em que se deve valorizar a significativa intervenção do sujeito aprendiz.