SANTOS, Geilza Da Silva et al.. A mulher negra na sociedade brasileira.. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/35483>. Acesso em: 05/11/2024 07:54
Esse trabalho surgiu a partir das reflexões de uma disciplina da pós-graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, intitulada: Tópicos especiais em linguagens historiográficas: teoria Social, Historiografia e Relações Raciais no Mundo Atlântico, que foi composta por professores de diversas disciplinas; historiadores, antropólogo, socióloga, biólogo com intuito de abranger essa discussão através da interdisciplinaridade, tendo por objetivo trazer a escrita negra e assim compreender a “formação das sociedades racializadas” no Mundo Atlântico. Assim, nossa proposta maior é suscitar várias discussões sobre a população negra, provocando nos leitores uma busca maior sobre homens e mulheres que por muito tempo foram deixados a margem pela sociedade brasileira, mostrando a importância de se colocar sobre a “luz” da história questionamentos, rupturas e permanências que contribuem para o entendimento da construção historiográfica e, sobretudo dos espaços em que a população negra foi sendo condicionada ao longo dessa construção socioeconômica no país. Em relação às mulheres negras, principalmente, faremos uso da historiografia que vislumbram as discussões sobre os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais que direcionaram um estereótipo sobre a população negra e, sobretudo as mulheres negras que vivenciaram e vivenciam uma distinção social, sofrendo assim uma tríplice discriminação, a de raça, classe e gênero. Com isso fazemos uma reflexão através do uso de estudos de intelectuais negras que por meio de seus escritos e lutas trouxeram a cerne a questão dessas mulheres na inserção social, seja no campo da escolarização, do trabalho e da história no nosso país. Buscando confrontar uma invisibilidade que foi imposta pela sociedade e concomitantemente, apresentando a mulher negra enquanto protagonistas de sua própria história.