A inclusão é uma realidade social que está presente no trabalho, na cultura, na arquitetura, nos esportes e na educação do Brasil. Sem distinguir condições sociais, mentais, físicas, de raça, cor ou credo percebe-se a pessoa e suas singularidades tendo como objetivo a sua satisfação pessoal, crescimento e inserção social. Um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a definição ampla deste conceito, nos termos de reconhecer que todas as crianças podem aprender; quando reconhecer e respeitar diferenças nas crianças independente de idade, sexo, etnia língua, deficiência, classe social, estado de saúde; quando permitir que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam às necessidades de todas as crianças e por fim, ser um processo dinâmico que está em constante evolução. O objetivo foi analisar a importância da inclusão de alunos com algum tipo de deficiência na educação regular e o posicionamento dos profissionais envolvidos numa unidade de ensino do município de Recife-PE. Metodologicamente, optou-se por um estudo de abordagem qualitativa, do tipo descritivo-analítica, a partir de observações e diálogos com os professores e gestores. Observou-se que, a maioria dos professores e gestores acreditam no sucesso da inclusão escolar para alunos com algum tipo de deficiência, porém para alguns professores a inclusão necessita de mais suporte do governo, e para uma inclusão de qualidade se faz necessário um trabalho multidisciplinar com profissionais de diversas áreas (psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas e assistentes sociais). Observou-se que os professores sentem falta de um professor auxiliar para os alunos especiais, uma vez que cada deficiência requer um tipo de atendimento diferenciado. Além de ficar constatado a falta de interesse dos profissionais envolvidos em capacitações e busca por novas informações, uma vez que há a desvalorização do profissional. Conclui-se mesmo com todos os esforços do governo, ainda é possível observar incongruências entre as políticas públicas de inclusão e a prática educacional, demonstrando que se faz necessário uma associação mais eficiente entre as políticas públicas e a prática educacional para um ensino inclusivo de qualidade.