INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa com manifestações cognitivas, neuropsiquiátricas e motoras, levando a uma incapacidade funcional com sua progressão e consequentemente uma alteração na qualidade de vida. Desta forma, a fisioterapia atua na reabilitação motora, retorno às relações pessoais, interpessoais e na obtenção de independência. Diante do grande do número de idosos portadores de Alzheimer e dos poucos protocolos de atendimento fisioterapêutico voltados para estes indivíduos, justifica-se a realização desse estudo. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida do paciente com Alzheimer submetido a tratamento fisioterapêutico. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa e experimental, realizada na Clínica Escola Integrada da Faculdade Santa Maria (CEIFSM), em Cajazeiras – PB. Participou do estudo um paciente portador da Doença de Alzheimer, sexo feminino, 63 anos. A coleta de dados foi iniciada através da aplicação do questionário Short Form Health Survey (SF-36) e uma ficha de avaliação da CEIFSM, sendo adaptada englobando equilíbrio e coordenação. Um conjunto de atividades fisioterapêuticas, incluindo caminhadas, técnicas de alongamento, fortalecimento, coordenação e equilíbrio foi realizado durante três dias semanais alternados, totalizando 12 sessões. Em seguida, foi feita uma reavaliação e aplicado novamente o questionário SF-36. A análise de dados se deu através de estatísticas descritivas e todos os requisitos do estudo foram fundamentados nos princípios éticos e legais da resolução nº 196/96. RESULTADOS: Observou-se melhoras consideráveis em alguns domínios, como aspectos físicos (± 35,35), dor (± 22,35), aspectos sociais (± 8,83) e saúde mental (± 2,82). Já nos quesitos, capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade e aspectos emocionais não foram relatadas mudanças. Quanto à coordenação e equilíbrio observou-se também ganhos significativos após a reavaliação e além disso, o cuidador relatou que a paciente aumentou sua independência funcional. Todos estes pontos que mostraram evolução são capazes de melhorar a qualidade de vida de um portador de Alzheimer trazendo benefícios e retardando sua dependência. CONCLUSÃO: O presente estudo, apesar de conter uma amostra pequena pode servir de embasamento para realização de estudos maiores e mais controlados, ampliando-se assim, à assistência prestada aos idosos com essa patologia.