No processo de envelhecimento surgem agravos, os quais associados a fatores como sedentarismo e obesidade podem ser ainda maiores, aumentando os riscos para as Doenças Cardiovasculares. A inatividade física duplica os riscos à saúde e acarretando o aumento da obesidade e doenças como a hipertensão e diabetes mellitus e reduzindo a longevidade. Diante desse contexto o estudo teve como objetivo avaliar o índice de massa corpórea associado à prática de atividade física através do questionário internacional de atividade física (IPAQ) aplicado em idosos numa cidade do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo transversal. Participaram do estudo 84 Idosos com idade superior a 60 anos. Utilizou-se um questionário e posteriormente um roteiro para exame clínico. Para o índice de Massa Corpórea considerou-se o cálculo Peso (kg)/Altura2 (m). Para avaliação do nível de atividade física atual foi aplicado o questionário Internacional de Atividade Física IPAQ (versão curta). Os dados estão apresentados como média e desvio padrão da média, frequência e percentual. A análise dos dados se deu através da estatística descritiva, de teste não-paramétrico, Chi-square, no programa estatístico SPSS versão 19.0, adotando-se um nível de significância de 5%. Ocorreu conforme a Resolução 196/96 e recebeu parecer favorável definitivo em 29 de dezembro de 2012 pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa/PB. A idade média dos idosos foi de 68,1±7,8 anos, 86,9% (73) do sexo feminino, sendo 39,3%(33) casados, 32,1%(27) viúvos, 25%(21) solteiros e 3,6%(3) divorciados. Apresentaram Índice de Massa Corpórea de 27,9±4,8. De acordo com a classificação do índice de massa corpórea 6%(5) se encontravam com baixo peso, índice normal 46,4%(39), sobrepeso 11,9%(10) e obeso 35,7%(30). Na avaliação do questionário de atividade física apresentaram-se ativo 11,9%(10), insuficiente ativo A 60,7%(51), insuficiente ativo B 17,9%(15), sedentário 9,5%(8). Os valores do índice de massa corporal (IMC) aumentam com a idade enquanto diminuem a estatura e a quantidade de massa magra. Contudo, os resultados aqui encontrados mostram que o IMC dos idosos, manteve-se normal igualmente a classificação. Apesar de ser um preditor importante, pouco se sabe sobre a relação entre IMC e envelhecimento. Considerando as mudanças na composição corporal que ocorrem com o envelhecimento, uma vez que os idosos apresentam decréscimo da estatura, diminuição da quantidade de água e massa magra no organismo e maior porcentagem de gordura, quando comparados com os indivíduos adultos. Os dados apresentaram significância estatística na associação do IMC com a prática de atividade física, onde os participantes do estudo apresentaram um nível de atividade física, classificado por meio do IPAQ, como insuficientemente ativo A. Diante dos resultados observados, conclui-se que alterações nos níveis de atividade física de sujeitos idosos, associado ao índice de massa corpórea elevado, podem acarretar vários problemas de saúde, assim como o agravamento de Doenças Cardiovasculares. Portanto é importante haver um planejamento com estratégias e ações voltadas para esse grupo populacional, para isso os profissionais de saúde devem estar preparados para as mudanças na saúde dos idosos, tendo em vista a qualidade de vida no processo de envelhecimento.