Introdução: Os Cuidados Paliativos (CP) são destinados a pacientes com diagnóstico de uma doença incurável, visa e do alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, de avaliação correta e do tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual. É uma abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e de sua família durante a assistência terminal e o luto. Esses cuidados incluem, necessariamente, uma perspectiva multidisciplinar e dimensão institucional, voltada também para as equipes de saúde, principalmente no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O Objetivo dessa pesquisa é caracterizar a produção científica acerca dos cuidados paliativos em unidades de terapia intensiva, disseminada em periódicos online no âmbito da saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na literatura sobre a temática abordada. Utilizaram-se as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS e seus indexadores. Os descritores utilizados foram “cuidados paliativos” and “unidade de terapia intensiva” and “paciente terminal”. Para se alcançarem os objetivos propostos, empregou-se a técnica de análise de conteúdo temática proposta por Bardin, seguindo-se as etapas de pré-análise, que consiste na leitura flutuante, na classificação e na categorização, análise e interpretação dos dados. Resultados e Discussão: No que tange a assistência no âmbito da UTI, vale destacar que este é o setor hospitalar que recebe a maioria dos pacientes terminais, em virtude da tecnologia e dos recursos humanos capacitados que possibilitam uma assistência especializada e tendem a prorrogar a vida do paciente. Já os CP proporcionam uma assistência que busca, sobretudo, humanizar o cuidado, amenizando o sofrimento e melhorando a qualidade de vida, com os trabalhos de uma equipe multidisciplinar. A terapia intensiva tem apresentado uma grande evolução nos últimos 20 anos, em todo mundo e também no Brasil. Atualmente, pacientes portadores de doenças críticas que evoluiriam para a morte podem ser mantidos vivos através de métodos artificiais. Embora a medicina intensiva se destine a diagnosticar, tratar e manter doentes em iminente risco de vida, mas potencialmente reversíveis alguns doentes críticos podem evoluir com falência de múltiplos órgãos e sistemas e se tornarem vítimas de doenças terminais, fora de possibilidades terapêuticas curativas. Esse fato cria um dilema para os médicos intensivistas, colocados comumente diante da necessidade de decisões sobre a recusa ou suspensão de tratamentos considerados fúteis. É crescente o reconhecimento da necessidade da criação de diretrizes e protocolos para que o médico decida por suspender ou limitar terapias fúteis. Os CP devem ser empregados na UTI, pois contribui para a melhoria dos indicadores de qualidade, promovendo relações positivas entre os profissionais que atuam e os pacientes e seus familiares. Os enfermeiros são profissionais com função essencial na equipe nas intervenções paliativas e cabe-lhe o cuidado direto do enfermo. Conclusão: A UTI é o setor hospitalar que recebe a maioria dos pacientes terminais, e os CP proporcionam uma assistência que busca, sobretudo, humanizar o cuidado, amenizando o sofrimento e melhorando a qualidade de vida, com os trabalhos de uma equipe multidisciplinar.