O artigo busca refletir sobre o palco de construção de políticas públicas e a intensa movimentação em torno da elaboração e implementação da política que permeia o processo transexualizador no Brasil, e em especial no Rio de Janeiro. Ressalta-se que este não é um terreno firme e seguro, muito pelo contrário, é o local das incertezas, dos embates, das disputas de interesses diversos. Assim, falar sobre determinada política implica considerar que não há uma linearidade confortável onde se possa traçar uma trajetória reta, evolutiva para se contar uma estória... Em geral muitas estórias se conectam, muitos caminhos se cruzam e entrecruzam, se configuram e reconfiguram. Sistematizar o conjunto dessas informações e processos é sempre um risco, pois não é possível “apanhar” o movimento rico e complexo desses eventos. É nessa direção que propomos a discussão presente nestas linhas.