Esse texto é parte de uma dissertação em desenvolvimento, que objetiva dialogar com as/os trabalhadoras/es de um empreendimento de economia solidária sobre as concepções e sentidos por elas/eles atribuídos aos gêneros e como tais percepções subjetivas interferem e influenciam no trabalho objetivo. O movimento de economia solidária e seus diversos ramos de empreendimentos colocam o sujeito e as condições de vida como elemento central, apostando em uma sociedade mais justa, visando a autogestão em resposta a heterogestão e economia capitalista de competição. Nesse sentido a investigação em curso se propõe a investigar como as ideologias presentes na economia solidária vêm reverberar nos posicionamentos acerca das categorizações de gênero no cotidiano de trabalho das/os cooperadas/os. Os aportes teórico-metodológicos utilizados são aqueles da Clínica da Atividade, uma vertente da Psicologia Social do Trabalho, que tem raiz epistemológica a Psicologia Histórico-Cultural. Essa abordagem tem se dedicado examinar a dialogia e as controvérsias por um coletivo de trabalhadoras/es, em torno de temáticas previamente estabelecidas. A pesquisa encontra-se em fase inicial de análise dos dados coletados, e apresenta resultados parciais.