CERQUEIRA, Ananda. . Anais V ENLAÇANDO... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/30790>. Acesso em: 22/12/2024 22:26
Há um movimento de mulheres começando a deixar de fazer uso do anticoncepcional hormonal, pondo em questão os malefícios que seu uso pode acarretar à saúde e buscando métodos mais naturais de gestão da contracepção. Há um questionamento da medicalização do corpo feminino, e o hormônio aparece como o grande vilão. Essa tendência tem sido percebida, em grandes proporções, nas redes sociais, onde várias meninas se conectam em páginas e grupos no Facebook, alguns deles com mais de 100 mil membros ou curtidas. Neles, elas trocam experiências sobre o uso de métodos contraceptivos, publicam textos sobre empoderamento feminino, tiram dúvidas entre si sobre diversos temas referentes à sexualidade, e assim, constroem uma rede de busca e troca de conhecimentos e apoio. As redes sociais se configuram como uma ferramenta fundamental nessa nova prática. Jornais como A Tarde, O Globo, BBC, e outras revistas, têm divulgado matérias a respeito, e grande parte das notícias data dos anos de 2015 e 2016, o que demonstra a crescente disseminação deste tema. Este trabalho busca compreender estas novas práticas de cuidado com o corpo, os principais argumentos utilizados, a gestão da sexualidade e do risco de uma gravidez imprevista, bem como o papel das redes sociais neste novo cenário.