Esse artigo buscou analisar a violência conjugal contra a mulher, uma grave violação de Direitos
Humanos, que afeta todos os aspectos da vida da mulher, colocando-a em situação de risco. Essa
violência tem raiz no machismo estrutural, perpassando gerações, classes sociais e etnias. Como
objetivos específicos nos propomos a discutir a relação dos fatores sociais/culturais com a violência
conjugal contra a mulher, compreender as causas dessa violência e identificar as consequências da
violência conjugal na vida social, sexual, profissional, afetiva, da mulher vitimizada, dando ênfase à
violência sexual praticada pelo parceiro intimo. O presente artigo se caracteriza como bibliográfico,
visando contribuir com o debate em torno do estupro conjugal. Sendo essa violência bastante
relativizada, numa sociedade machista, conservadora, religiosa, que tem uma educação que castra
mulheres em sua sexualidade, ainda meninas, contribuindo com a perpetuação dos vários tipos de
violência que mulheres são vítimas por seu parceiro íntimo. O debate profissional, social,
acadêmico, é uma forma de trazer a tona os limites e as possibilidades diante dessa grave violação
de Direitos Humanos, buscando, dessa forma, debater e articular formas de enfrentamento e
prevenção. Nesse sentido, a violência sexual contra a mulher, é uma das manifestações de gênero
mais cruel e persistente, por estar inserida numa cultura do estupro que naturaliza atos degradantes
contra o corpo da mulher.