Este artigo é resultado da pesquisa a qual toma a educação sexual e sua manifestação na escola como um dos elementos centrais inerente à prática pedagógica do/a professor/a. Neste sentido, nosso objetivo principal é investigar como os/a alunos/a compreendem à diversidade sexual nesse espaço permeado de aspectos plurais, vivências , intolerâncias e discursos interditados. Para a concretização do estudo investigativo, foram como coparticipantes do processo os alunos do terceiro ano (3º) do Ensino Médio de uma instituição pública da rede estadual no munícipio de Jacobina-BA. Como dispositivo de construção de dados optamos pela realização de questionário dos quais num quantitativo de 149 alunos, 126 responderam. Mediante triangulação desses dados, foi possível verificar que ainda há a presença da abordagem do livro didático enfocando apenas o caráter biológico e reprodutivo da sexualidade, revelados também nas temáticas apontadas como importantes para o estudo da sexualidade, tais como: Prevenção e tratamento das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Gravidez na adolescência. Além disso estas apareceram como temas de maior relevância; todavia, verificou-se também por outro lado, um deslocamento dessa abordagem quando tais temas aparecem seguidos da violência de gênero, sexual e aborto. Nossa pesquisa se ancora principalmente nos estudos de Furlani (2016), Toneli (2012), Brasil (1997), Louro (2007), por entendermos que estes/a autores/a nos apresentam subsídios para construção de um debate consistente no tocante à desconstrução desse currículo colonizador e homogeneizador que ainda silencia e invisibilza a identidade e a diferença no que diz respeito aos aspectos apresentados pelo multiculturalismo crítico sobre a diversidade na escola.