Este trabalho tem o objetivo central de analisar e discutir os entraves e possibilidades para encaminhamentos e intervenções nos campos do Serviço Social e judiciário no tocante à violência doméstica bem como outras violações de direitos, especialmente quando as vítimas são mulheres idosas, compreendendo que se faz necessário utilizarmo-nos da episteme feminista interseccional como raiz para a práxis profissional, uma vez que marcadores de raça, gênero,
geração e classe social interferem no padrão de opressão sofrido por usuárias que buscam acompanhamento junto à rede de atenção às mulheres e, consequentemente, nos instrumentos escolhidos por profissionais para a realização de intervenções. Os instrumentos institucionais de reconhecimento indenitário a exemplo de formulários e questionários são importantes ferramentas para o reconhecimento da população usuária dos serviços públicos, porém, percebe-se uma significativa subutilização destes, fator que dificulta uma construção efetiva de políticas públicas, que,de fato, transformem a condição de vida das mulheres idosas que possuem direitos violados.