Esta pesquisa problematiza as potencialidades dos museus comunitários na problematização dos processos de exclusão de gêneros na contemporaneidade. A partir da experiência educativa da Casa da Memória de Porteiras, situada no município de Porteiras, na região do Cariri cearense, o trabalho analisa como este museu promoveu o debate sobre gênero e sexualidade com um público amplo e diversificado, no ano de 2013. Durante o Seminário Regional Espaço Aberto à Cultura (ESPACULT), o museu promoveu palestras, atividades culturais e uma exposição temporária intitulada “Sexualidade: Papéis e amores”. Mediante o uso de objetos do cotidiano dos moradores da cidade, a exposição colocou em cena os processos históricos de construção de gêneros, firmação de padrões de comportamentos e situações de exclusão social. Este trabalho aproxima as relações entre ensino de história em espaços não escolares, cidadania e multiculturalismo, tomando-o como uma posição ética e política de enfrentamento dos problemas sociais da atualidade.