Pensar algumas semelhanças e diferenças propostas por Simone de Beauvoir, Monique Wittig e Judith Butler, através de seus olhares convergentes e divergentes do “tornar-se” aquilo que somos, ou não, é o objetivo desta comunicação. Na execução deste estudo, basicamente me ative às três autoras, apesar da imensidão das possibilidades do “tornar-se”. Quando Simone de Beauvoir (1967) nos diz que as mulheres são o segundo sexo, logicamente a autora deseja transmitir que existe um primeiro sexo, desta forma esse primeiro sexo é a “norma”, o referencial, e a partir dessa afirmativa pode-se concluir que, os outros indivíduos são nomeados como “Outros”. Judith Butler (2010) ao mesmo tempo, nos diz que Monique Wittig (2006) também concorda com Simone de Beauvoir (1967), quando afirma que a pessoa não nasce mulher, ela se torna mulher. Então podemos concluir que para essas autoras, o ser humano está em constante processo de construção, o que é marco fundamental para a percepção de que o ser humano não possui identidade determinada, e que esse processo vem da compreensão dialética da sociedade, donde esse “tornar-se” seria algo permanente.