O presente trabalho pretende ampliar o conceito de narrador oral urbano-digital, como base nas narrativas de mulheres socialmente à margem. Para tanto, utilizaremos blogs e páginas do facebook, produzidos por narradoras das mais diversas periferias: rappers, participantes de saraus de periferia, prostitutas e participantes de slams - termo advindo do inglês slam poetry que significa batida de poesia” e é uma competição – nos últimos tempos bastante frequente nos coletivos periféricos - em que poetas leem ou recitam um trabalho original (ou, mais raramente, de outros). Objetivamos ilustrar, com base nas narrativas de diferentes mulheres que se encontram socialmente à margem, a urgência que nós, pesquisadxres do estudos literários, temos de apostar em novas narradoras que certamente possuem vastas produções narrativa e não estão necessariamente na academia, e sim na periferia, seja ela geográfica ou intelectual e utilizam da internet enquanto meio de legitimação de suas identidades. Precisamos descolonizar o saber e o ser, fazendo do ambiente acadêmico um espaço plural.