As discussões relacionadas a gênero e sexualidade nas escolas, apesar de está sendo mais bem aceitas, ainda continuam cercadas de tabus e preconceitos. Por isso, a importância de se desenvolver cada vez mais pesquisas que venham sinalizar desafios e possibilidades para que sejam reconhecidas as diferenças, a diversidade sexual e os direitos humanos. Diante disso, essa pesquisa busca analisar os discursos da equipe gestora com relação às questões de gênero e sexualidade que permeiam a escola. Como base teórica, a pesquisa estará dialogando com a perspectiva pós-estruturalista. A pesquisa é qualitativa e está sendo desenvolvida em uma escola pública estadual do interior da Bahia, tendo como participantes da pesquisa a equipe gestora da escola, nomeados hierárquica e historicamente como: diretor/a, vice-diretor/a, coordenador/a pedagógico. A escolha do colégio se deu porque ouvi muitos boatos na cidade que na escola existem muitos homossexuais, e, além disso, possuir um professor que usa salto alto. Esses comentários me inquietaram e me fizeram pensar como se dar as questões de gênero e sexualidade na escola, pelo olhar da equipe gestora. Trata-se de uma pesquisa de mestrado em andamento. Para a produção dos dados foi realizada entrevista semiestruturada com gestorxs. A análise de dados esta se dando com base nos estudos foucaultianos sobre discurso. Nesse sentido, a pesquisa traz como benefícios, a produção de conhecimento científico tendo como foco a relação da gestão escolar com as questões de gênero e sexualidade, algo ainda pouco investigado, além disso, contribuirá para que gestorxs reflitam sobre suas práticas em relação as questões de gênero e sexualidade na escola. Como resultado preliminar se percebe uma contradição discursiva, onde de um lado se ver a perspectiva heteronormativa, de controle dos corpos, de não compreensão da saída da norma, e, do outro, discursos de acolhimento, de respeito e aceitação das diferenças.