Introdução: A pessoa com a doença de Alzheimer requer atenção especializada, envolvendo ações multidisciplinares e a família. Além das alterações funcionais a mudança e instabilidade no comportamento do paciente requer maior atenção do cuidador, envolvendo aspectos que superam as habilidades técnicas. As relações com o paciente no seio familiar afloram sentimentos os mais diversos, o cuidar necessita de um olhar diferenciado, evitando o adoecimento do cuidador. Objetivo: Apresentar experiência de projeto de extensão universitária com cuidadores de pacientes com Alzheimer. Método: Relato de projeto de extensão com Equipe multiprofissional desenvolvido no Núcleo de Atenção ao Idoso da UFPE, Serviço especializado Geronto-Geriátrico, iniciado em 2005, cadastrado em fluxo contínuo, periodicidade semestral, envolvendo profissionais de Psicologia, Enfermagem, Nutrição, Terapia Floral, Medicina, Instituições parceiras (ONGs e Governamentais) docentes e discentes universitários. Realizado em encontros quinzenais de duas horas. Os cuidadores são selecionados a partir dos ambulatórios do Serviço onde são acompanhados os pacientes com Alzheimer e de outros serviços. Após a composição do grupo a Equipe de trabalho, através de dinâmica dialogada, levanta a demanda dos cuidadores, possibilitando o desenvolvimento das oficinas atendendo as necessidades do grupo. Em cada encontro é realizada avaliação verbal entre os envolvidos para averiguar o alcance dos objetivos. Resultados: Grupos com média de 15 participantes, com predominância familiar e feminina. Entre os temas solicitados, os cuidadores apresentam maior dificuldade em lidar com as alterações do comportamento do paciente e com a falta de assistência na divisão de tarefas com os demais familiares, gerando sobrecarga e estresse, desencadeando sintomas depressivos como sentimentos de culpa e exacerbação da agressividade. Conclusão: O trabalho em grupo possibilita ao cuidador a verbalização dialogado de seus sentimentos e a troca de saberes no cuidado com o paciente, onde a escuta, acolhimento e orientação do cuidador pela Equipe no manejo do comportamento do paciente e do autocuidado propiciam um espaço acolhedor possibilitando a ressignificação do modo de lidar com o paciente, a doença e consigo mesmo, melhorando sua qualidade de vida.