Introdução. Durante o envelhecimento, a mulher vivencia o período do climatério, no qual ocorre aumento do conteúdo abdominal promovendo uma compressão mecânica sobre o músculo diafragma, pulmões e caixa torácica, podendo contribuir para alterações na mecânica respiratória, e alterações pulmonares restritivas, contribuindo para redução dos volumes pulmonares, e consequentemente a expansibilidade toracoabdominal. Objetivo. O estudo tem como objetivo avaliar a influência da idade e de variáveis antropométricas e de composição corporal na expansibilidade toracoabdominal e na força muscular respiratória em mulheres pós-menopausadas. Materiais e métodos. Caracteriza-se como um estudo transversal, com abordagem descritiva e analítica. A amostra foi composta por 34 mulheres, praticantes de atividade física regular, que apresentavam 12 meses ou mais consecutivos de amenorréia. Foram coletados dados referentes à idade, variáveis antropométricas, variáveis de composição corporal, expansibilidade toracoabdominal e força muscular respiratória. Para verificar a influência da idade e das variáveis antropométricas e de composição corporal na força muscular e expansibilidade foi realizada correlação de Pearson ou Spearman. Foi considerado IC de 95% e nível de significância de p<0,05. Resultados e discussão. Foram avaliadas 34 mulheres com idade variando de 53 a 81 anos, sendo a média etária 66,1 anos (± 7,0). Foi observada correlação negativa e significativa das variáveis de composição corporal com a expansibilidade avaliada nas três regiões. O peso apresentou correlação negativa com a expansibilidade axilar e xifoidiana, sendo esta significativa. Estudos revelam que o climatério promove aumento de peso corporal total e a redistribuição de gordura para o perfil andróide, ou seja, na região abdominal. Com a deposição crescente de gordura, revestindo a cavidade torácica internamente e sobre a cavidade abdominal, alterações progressivas como diminuição da capacidade residual funcional e elevação do músculo diafragma, ocorrem na função pulmonar. Na força muscular respiratória, apenas a idade apresentou correlação negativa e significativa na variação da força muscular inspiratória e expiratória. De acordo com literatura essa relação é esperada, há uma redução dos valores absolutos da PImáx e PEmáx com o aumento da idade. Conclusão. De acordo com os resultados vistos no estudo conclui-se que a idade, peso, IMC e CA influem de maneira negativa sobre a expansibilidade toracoabdominal constituindo um fator restritivo para a mesma, porém na força muscular respiratória, apenas a idade contribuiu de maneira efetiva para a diminuição desta.