Esse artigo apresenta uma reflexão sobre o papel do professor no tocante ao ensino dos gêneros textuais, e as implicações acerca das atividades de compreensão dos textos apresentados, bem como as propostas de escrita expostas no Livro Didático. Visa analisar se essas atividades, especialmente as que envolvem a prática da escrita, contemplam a concepção interacionista, que tende a provocar o aluno a posicionar-se criticamente e, possibilitá-lo a desenvolver uma escrita eficiente, discorrendo sobre o tema abordado. Para tanto, faz-se necessário considerar o que dizem os estudiosos do assunto, que nos advertem quanto aos riscos que algumas atividades apresentam, e nos fornecem pistas de como realizar essa tarefa. As observações fundamentam-se: Nas “concepções de escrita”, e nos “fatores construtivos dos textos”, de Geraldi (1993); Na “escrita na concepção escolar”, de Kleiman (2000); No “texto com ou sem atividade prévia”, de Sercundes (1997); Na “linguagem como instrumento de comunicação, e como o lugar de interação”, de Koch (2002); E no “papel da linguística na formação do professor de língua”, de Oliveira (2003). E finalmente, é apresentada uma proposta de ensino dos gêneros textuais, importante para a formação dos professores de língua.