A coqueluche conhecida também como pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível que compromete o aparelho respiratório (traquéia e brônquios). É causada pela bactéria Bordetella pertussis que pertence família Alcaligenaceae, sendo um cocobacilo gramnegativo extremamente pequeno, com aproximadamente 0,8µm por 0,4µm, não fermentador, não esporulado, imóvel, com fimbrias e totalmente dependente do oxigênio, sendo aeróbio obrigatório. Diagnosticar a doença em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas são muito parecidos com outras doenças respiratórias. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à óbito. A recomendação atual do Ministério da Saúde para a profilaxia de coqueluche consiste na administração de três doses da vacina Pentavalente (DTP-Difteria, Tétano e pertussis + Haemophilus influenzae tipo b+ Hepatite B), a partir de dois meses de idade com intervalo de 60 dias entre as doses e dois reforços: o primeiro aos 15 meses e o segundo entre os quatro e seis anos de idade, aplicando-se a vacina DTP sozinha. A enfermagem no contexto da imunização remete ao fato de realizar um cuidado, em que se assume um compromisso para execução e preconização das normas estabelecidas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) na prevenção de doenças. É de suma importância a atuação do enfermeiro em todas as ações desenvolvidas na sala de vacina, que vai desde a sua conservação, manutenção do estoque, administração, capacitação profissional, elaboração do arquivo de cartão espelho, o qual tem o controle das doses administradas na rotina diária, até a busca ativa dos faltosos. O diagnóstico clínico presumido ou clínico epidemiológico de coqueluche pode ser complementado por achados laboratoriais de leucocitose que se inicia por volta do final da fase catarral e atinge seu pico na terceira semana com aumento relativo de neutrófilos e linfócitos típicos.