APLICABILIDADE DO TORNIQUETE COMO FERRAMENTA PARA CONTENÇÃO DE HEMORRAGIA EXTERNA GRAVE ABORDADA PELO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Diante do grande número de vítimas em acidentes automobilísticos, vem sendo este um problema de saúde pública. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), passa por grandes desafios, um deles é usar as ferramentas adequadas para fornecer atendimento de qualidade. Como exemplo da vítima com hemorragia externa, após avaliar as condições do paciente, pode-se usar o torniquete, onde o indivíduo tenha um ou mais membros amputados ou esmagados. O estudo objetivou-se relatar riscos e benefícios presentes na aplicabilidade do torniquete usado para contenção de hemorragias externas graves. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, através dos bancos de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Literatura Latino-americanas e do Caribe (Lilacs) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando artigos publicados de 2010 a 2016. Entre os métodos de controle de hemorragias destacam-se os torniquetes, usados geralmente no Atendimento Pré-hospitalar para estancar hemorragias externas graves, principalmente em extremidades. Utilizado como último recurso, devido ao potencial risco de necrose tecidual de membros, caso seja prolongado seu tempo de permanência, o que pode ocasionar a amputação posterior do membro, este deve ser aplicado apenas quando outros métodos de controle falhar, podem ser substituídos na maioria dos casos por um curativo compressivo. Observou-se através da pesquisa que a prática de aplicação do torniquete desnecessária pode ser considerada um problema sério na saúde da vítima. A sua utilização sem indicação pode gerar perda de membros nas vítimas traumatizadas, o que interfere negativamente na qualidade de vida das vítimas sobreviventes aos acidentes.