Introdução:O sistema penitenciário brasileiro tem sido alvo de críticas no cenário internacional e nacional pelas ciências da saúde e sociais. Em geral relacionadas à superlotação, precariedade insalubridade das instituições penitenciarias que proporcionam o surgimento de agravos à saúde, além do pequeno número de ações educativas e que visam ressocialização. Há o reconhecimento das lacunas existentes no sistema penitenciário, entre os representantes do Estado - responsáveis por realizar ações e atividades no âmbito da saúde.Objetivo:é identificar agravos prevalentes à saúde no ambiente prisional.Metodologia:Trata-se de um estudo com coleta de dados realizada a partir de fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico e baseado na experiência vivenciada pelos autores (as) por ocasião da realização de uma revisão integrativa.Resultados e discussão:A amostra final desta revisão foi constituída por onze artigos científicos, selecionados pelos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Destes, cinco foram encontrados na base de dados LILACS, cinco na Medline e um no SciELO. Dessa forma, pode-se perceber a partir da literatura selecionada que os agravos prevalentes à saúde no ambiente prisional são decorrentes da coexistência de condições impostas como superlotação, deficiência na assistência à saúde, pouca ventilação, baixo nível socioeconômico, modos/qualidade de vida e confinamento, tais como: tuberculose; hanseníase; IST/HIV/AIDS; hepatites; hipertensão arterial; diabetes; traumas diversos; doenças gástricas; transtornos mentais leves; dependência de álcool e drogas e fatores adicionais de risco/compartilhamento.Ressalta-se que o número de publicação ainda é insuficiente, o que condicionou uma problemática limitada neste estudo. A discussão do objetivo nesta pesquisa deve repercutir em tratamentos mais eficazes no âmbito da promoção da saúde e direcionados especificamente as características peculiares a saúde no Sistema Penitenciário Brasileiro.Conclusão:O ambiente prisional é propício a proliferação de doenças, apresenta uma realidade distante do preconizado no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. Constatou-se ainda que as instituições penitenciarias tem desenvolvido ações e serviços com característica do modelo hegemônico e de forma incipiente.