O presente artigo trata-se de uma análise de matérias jornalísticas (online) que noticiaram a mudança da vinheta do Carnaval 2017 da Rede Globo, bem como alguns comentários que circularam, em Rede Social sobre essa mudança. Objetiva-se analisar, sob a perspectiva da Teoria da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, a representação do sujeito mulher e o discurso da valorização cultural a partir da vinheta do Carnaval de 2017 da Rede Globo. Sabe-se que o discurso midiático exerce forte influência na formação discursiva dos sujeitos, assim, ao enunciar, esses sujeitos assumem um posicionamento interpolado ou não pela ideologia dominante. Dessa forma, analisar esses discursos se coloca como ação relevante, visto que a sociedade é constituída por sujeitos que enunciam, a partir dos lugares que ocupam e da ideologia à qual responde. Os procedimentos metodológicos adotados foram: levantamento de estudos teóricos sobre a Teoria da Análise do Discurso (AD) de linha francesa; seleção de matérias jornalísticas e de comentários de internet sobre a mudança da vinheta do Carnaval da Rede Globo, 2017 e análise do corpus selecionado. Com esse estudo, foi possível constatar que a nova representação do sujeito mulher e da valorização cultural, a partir da vinheta do Carnaval da Rede Globo, 2017, não aconteceram devido à mudança discursiva da concepção da Globo, em relação ao ser mulher, mas diante das reivindicações e protestos para que a mulher não fosse mais vista como símbolo de objeto sexual, como também pela luta a favor da pluralidade cultural. Assim, esse novo modo de representar o ser mulher não convenceu a muitos, sobretudo, porque essa adoção de mudança não corresponde à postura ideológica adotada pela Rede Globo, no decorrer da história.