SILVA, Raquel Sousa Da. Poesia infantil: as facetas de cecília meireles. Anais IV SINALGE... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/27594>. Acesso em: 23/11/2024 04:22
Considerando as múltiplas linguagens que a arte permite explorar, defendemos como essencial a linguagem poética enquanto formadora e constituidora de leitores de literatura dentro e fora do espaço escolar. Por infelicidade, muitas vezes ela se encontra nesse meio sendo utilizada para fins que destoam do propósito de explorá-la enquanto objeto estético, da possibilidade de apreciá-la enquanto arte. Neste trabalho focalizaremos, portanto, as facetas de uma escritora e educadora do século XIX, que protagonizou em sua trajetória um rico acervo poético, permeando por vários temas, contrastando as inevitáveis influências de seu contexto social, político, cultural e educacional, tendo a possibilidade de evoluir sua escrita criativa ao longo dos anos e de relacionar as duas áreas de modo somatório de uma para com a outra. Especificamente, trataremos do trabalho de Cecília Meireles (1901-1964) com a poesia infantil e das questões que ela problematizou acerca da literatura infantil, constituindo, assim, uma fortuna crítica em torno de sua existência enquanto nome de destaque na literatura nacional. Com o intuito, a partir disso, de expor as contribuições da autora no campo artístico e educacional, propomos fazer uma investigação dos críticos que à sua época escreviam sobre o assunto e como e por que a escritora pode ser considerada destaque entre alguns de seus contemporâneos. Esta pesquisa faz parte de nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Letras Português na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que ainda se encontra em fase de construção, mas que em linhas gerais este recorte visa contemplar as facetas da poetisa em questão, problematizando as questões literárias de sua (e de nossa) época. Para tanto, o que fundamenta nossas questões é basicamente os estudos bibliográficos de críticos como D’Ávila (1969), Salem (1970), Meireles (1984), Arroyo (2001), Fernandes (2008) e Camargo (2012).