O sistema de ensino brasileiro ainda apresenta uma postura homogeinizadora, considerando uma igualdade de sujeitos escolares, sem levar em consideração, as culturas, práticas, saberes, identidades, que apontam para a diversidade de sujeitos educativos escolares. Observando que a diversidade ainda é um desafio dentro de sala de aula, pois também é assim na sociedade, que refletimos neste artigo sobre a diversidade étnico-cultural na perspectiva da religiosidade. A escola ainda é cenário da intolerância religiosa, mesmo diante da liberdade garantida por lei para as práticas religiosas, entre elas destacamos as religiões de matriz africana A intolerância para com essas religiões é algo grave que deve ser discutido em todas as instâncias principalmente dentro da sala de aula, portanto o presente trabalho tem objetivo analisar as representações que os alunos têm sobre as religiões afro-brasileiras a partir do documentário na Rota dos Orixás (1998) que mostra as ligações da diversidade cultural religiosa brasileira com a africana. Utilizamos pressupostos da etnografia para a pesquisa que foi realizada durante as aulas de história em uma turma do segundo ano do ensino médio do turno manhã da escola, nosso lócus foi a Escola Estadual Monsenhor José Borges de Carvalho que se localiza no município de Alagoa Nova (PB). Como referencial teórico discutimos as relações socioraciais no Brasil com base em Santos (2009), sobre racismo na escola dialogamos com Munanga (2005), o conceito de representação de acordo com Chartier (1990) e de preconceito com Sant’Ana (2009) e para pesquisa etnográfica nosso referencial é Angrosino (2009) e Mattos (2011). Propomos analisar como os alunos percebem as religiões afro-brasileiras a partir de suas representações elaboradas em relação as mesmas e como a partir desta representação construída, desenvolvem atos de preconceito. Consideramos sumamente, importante abordar esta temática em sala de aula a partir de uma educação para as relações étnico-raciais.