Este artigo trata de uma experiência de pesquisa em andamento, a fim de discutir o lugar da criança negra na escola na perspectiva da educação infantil. Neste artigo objetivamos analisar como, na formação continuada, a professora lida com situações de discriminação e preconceito em relação às crianças negras na unidade de educação infantil. Tal pesquisa vem sendo desenvolvida no Mestrado Profissional em Formação de Professores da Universidade Estadual da Paraíba. Nossa proposta é refletir sobre a relação da criança negra na unidade e como, a partir da vivência dela com outras crianças não negras, esta vai construindo sua identidade. Como aportes teóricos e documentais, traremos SILVA (1999), MUNANGA (2005), ALVES (2002), PCN’s volumes 8 e 10, as DCN’s para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana; a Lei Federal 10.639/03, dentre outros. Utilizaremos a pesquisa bibliográfica e exploratória. Os sujeitos da pesquisa são crianças da turma Pré II, de faixa etária entre 5 e 6 anos, de uma sala de aula em uma creche pública Municipal, na Cidade de Campina Grande – PB. Como problemática de pesquisa propomos o seguinte questionamento: É possível, na creche, identificar através da relação da criança negra com/no ambiente, a construção de sua identidade? Nesse sentido, articular os pressupostos de uma proposta reflexiva à formação docente, a respeito das relações étnico-raciais, coloca-se como um desses profícuos caminhos a ser seguido, para uma ação educativa responsiva quanto à construção da identidade da criança negra.