O Inglês para Fins Específicos, mais conhecido no Brasil como Inglês Instrumental, o qual é um dos ramos do ensino de Inglês como língua estrangeira, começou a ganhar visibilidade entre os anos 60 e 70, resultante de uma grande expansão econômica, científica e tecnológica, do desenvolvimento de novas pesquisas em Linguística Aplicada, que mudaram o foco do ensino, e de um considerável progresso da Psicologia Educacional. Daí surgiu um tipo de curso, que se diferenciava dos cursos que até então eram oferecidos e reconhecidos formalmente. Como o próprio nome sugere, em cursos de Inglês Instrumental, a língua-alvo é usada como um instrumento para que o aprendiz possa realizar determinadas tarefas. Tendo em vista isso, nessa abordagem o que determina o que e quais habilidades linguísticas serão abordadas são as necessidades do aprendiz, isto é, o curso é projetado pensando nas necessidades e especificidades do aluno, assim, por estar em consonância com as exigências atuais dos aprendizes, este tem ganhado notoriedade na área. Considerando a grande expansão do ensino de Inglês Instrumental, torna-se necessário por parte de professores de língua inglesa, tanto os atuantes como aqueles que ainda estão em formação inicial conhecer tal abordagem em suas particularidades. Dessa forma, o objetivo deste artigo é apresentar uma visão geral do desenvolvimento do Inglês Instrumental, discutindo relações pertinentes sobre a temática, tais como definições do termo, seu surgimento, principais características e tipos, e, sobretudo, o papel do professor, que se distingue da do professor de cursos de Inglês Geral e transcende a função de ensinar. Para tal, foi realizado um estudo de caráter bibliográfico, que se propõe revisar o estado da arte, para um melhor embasamento das discussões aqui apresentadas. Assim, serão usados como suporte teórico os trabalhos de Robinson (1981), Hutchinson & Waters (1987), Strevens (1988), entre outros.