A sociedade pós-contemporânea propõe desafios para o contexto educacional, os quais envolvem a comunidade escolar, e, sobretudo, o professor, gestor da sala de aula. Tais desafios decorrem das mudanças e exigências do alunado, que tem apresentado novas necessidades. Nesse contexto, cabe ao professor procurar melhorar sua prática pedagógica e viabilizar recursos e métodos que sejam mais eficientes para a gestão em sala de aula. A fim de minimizar esses impactos, a escola precisa propiciar ao seu corpo docente uma formação continuada, tendo em vista que o (in)sucesso na qualidade da educação afeta diretamente o processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, a presente pesquisa objetiva promover uma discussão acerca da importância da formação continuada para a gestão da sala de aula, e de maneira específica, destacar os efeitos da formação continuada na ação dos docentes e reafirmar o papel da escola como principal contribuidora nesse processo. O desenvolvimento da pesquisa deu-se a partir de um trabalho de campo com observações in lócus e revisões bibliográficas que reforçam os dados coletados ao longo do processo. As reflexões aqui discutidas aportam-se teoricamente em NÓVOA (1992), que enfatiza a importância dos saberes experienciais produzidos no exercício da docência; e em CANDAU (1996), que destaca a escola como local privilegiado na formação continuada dos professores, alegando que esse processo precisa ser reflexivo, especialmente capaz de identificar problemas e buscar soluções. A pesquisa evidencia a formação continuada como contribuição positiva para que o professor possa desempenhar suas atividades com autonomia, oferecendo uma educação significativa. Contudo, esses resultados só serão alcançados a partir da disposição do docente em transformar seu fazer pedagógico.