Por bastante tempo, o ensino de inglês sofreu várias mudanças. Uma mudança que certamente ampliou os processos de ensino e os espaços educacionais foi a inserção do ensino de inglês para Jovens e Adultos (EJA). Porém quando falamos em alunos da EJA, estamos naturalmente nos referindo a um ensino de inglês voltado a realidade desses alunos, o problema é que ainda hoje são aplicados em sala de aula práticas contrárias, fundamentadas em métodos mecanicistas e gramaticistas, onde a organização das palavras e frases são mais importantes do que o uso, sentido, contexto e a prática da língua, priorizando apenas os aspectos morfológicos da língua estrangeira, tornando o ensino de inglês cansativo, mecânico, metódico e desvinculado do contexto social dos alunos. Devemos entender também que, ao desenvolver uma prática de ensino da língua inglesa, precisamos levar em consideração a realidade cultural, social e política desses alunos. As dificuldades apresentadas por um discente são diversas e quando falamos de alunos EJA, esses problemas acabam se intensificando, principalmente o aprendizado de uma foreign language (língua estrangeira). Um aluno seja do ensino fundamental ou médio, possui dificuldades de origem social, cultural, econômica, e dentre outras; um aluno da EJA além dessas dificuldades, luta contra os estereótipos de que ele já está velho para estudar, as dificuldades em chegar na escola, o cansaço do dia pois muitos trabalham, e seus próprios conceitos sobre si mesmos como pessoas que não conseguem aprender coisas difíceis. Nosso objetivo é demonstrar como um ensino de inglês voltado a realidade EJA pode facilitar os processos de aquisição e aprendizagem de uma nova língua adquirindo assim uma estrutura bilíngue. Como método deste estudo, relataremos uma experiência de campo realizada na cidade de Guarabira, em uma instituição escolar que possui a modalidade EJA, obtendo o inglês como matéria por nós ministrada, discutindo sobre as aulas antes ministradas de carga gramaticista e posteriormente a intervenção deste projeto de pesquisa e seu resultado qualitativo tanto no corpo discente como docente. Por fim, o resultado permitirá cogitarmos o papel do professor como facilitador da aprendizagem e incentivador no que concerne o ensino e a aquisição da língua estrangeira, resultando em um caminho desimpedido para que o discente tenha consciência da sua capacidade linguística, seu desenvolvimento crítico e o papel socioeducacional de uma segunda língua.