Os textos de opinião se apresentam como um campo propenso ao uso de marcadores discursivos, que funcionam como elementos de conexão textual. Dentre esses elementos, destacamos o uso do marcador de base verbal ISTO É, introduzindo unidades apositivas. Enquadrando-se no eixo lógico-semântico de expansão por elaboração defendido por Halliday (1985), as construções apositivas exercem uma função genérica de reformulação parafrásica, prestando-se, ainda, ora a uma retificação; ora a uma ratificação dos conteúdos reformulados. Diante disso, objetivamos nesse estudo: a) indicar os diversos tipos de paráfrases inferidos da relação entre a unidade matriz (A) e a unidade apositiva (B) dessas construções – relação essa determinada pelos efeitos de sentido na constituição dos textos; e b) identificar que funções textual-discursivas são exercidas por unidades apositivas, que também orientam a direção argumentativa nos textos em que ocorrem. Os dados do corpus são textos da esfera jornalística, da modalidade escrita, extraídos de periódicos semanais VEJA e ÉPOCA do ano de 2012. Essa investigação tem como base teórica os postulados da Linguística Funcional Contemporânea, que apresenta como princípio básico o modo como os usuários da língua se comunicam eficientemente, na tentativa de explicar a forma da língua através do uso que dela se faz. Para a análise, tomamos como suporte os estudos realizados por linguistas, como Nogueira (1999), Dias (2005/2006), Koch (2005/2006); além de Decat (2011), que se refere às estruturas desgarradas, e pelos gramáticos Bechara (1999), Cunha e Cintra (1985) e Kury (2003), sendo também conduzidos pela proposta de Wenzel (1985), no que concerne aos tipos de paráfrases que formam essas construções.