O presente artigo tem como objetivo fazer uma reflexão a respeito do ensino da matemática para alunos surdos. Num primeiro momento, foram feitas leituras sobre os temas: surdez e preconceito, legislação inclusiva, inclusão de surdos em salas regulares e o ensino da matemática para alunos surdos. Na segunda fase da pesquisa, o objetivo foi de ir a campo, analisar como se dá o processo de inclusão desses sujeitos no IFPB Campina Grande; de que forma está acontecendo a comunicação entre aluno surdo e professor e ainda aluno surdo e aluno ouvinte; quais estratégias pedagógicas são desenvolvidas pelos professores para o ensino da matemática; quais são as principais potencialidades e dificuldades desses alunos nessa disciplina. O corpus foi constituído por transcrições de entrevistas semi-estruturadas com estudantes surdos, intérpretes e professores de matemática. Consiste num estudo exploratório e descritivo (GIL, 1999). Verificou-se que a inclusão ainda é um processo lento. Boa parte dos sujeitos envolvidos com a inclusão dos alunos surdos ainda precisa aprender, minimamente, a se comunicar por meio da Libras. No cenário explorado, portanto, a presença do intérprete se torna quase indispensável. Com relação às práticas pedagógicas propostas, em sua maioria, elas são as mesmas elaboradas para os ouvintes. Nesse caso, apesar do interesse dos surdos em aprender os conceitos matemáticos, ainda é necessário que o professor procure contemplar em sua aulas a exploração de recursos visuais e práticas pedagógicas que atendam melhor as necessidades desses sujeitos.