O FARDO DO NÃO CASAMENTO PARA O GÊNERO FEMININO NA OBRA “TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA”
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Nesse sentido, pretende-se examinar as ações, falas e tragédias desempenhadas, bem como sofridas, pela personagem Ismênia do presente livro barretiano. A referida personagem é construída pelo autor como uma tentativa de criticar a estereotipização social feminina de conduta pessoal e de função familiar presente em sua época, a saber: de mulher dona de casa, que cuida do esposo, que zela pelo lar e pelos filhos. Características estas até então exclusivas para as mulheres, de modo que, nesta obra literária, as que não praticassem ou não cumprissem esse papel social eram, de certa forma, punidas, uma vez que Ismênia acaba tendo um final desditoso/trágico na narrativa simplesmente por não conseguir se casar. Para tanto, utilizar-se-á das postulações de Nader (2002) sobre os papéis sociais de homens e mulheres, bem como dos escritos de Mangueira (2012) para falar sobre uma “punição”, na literatura, por não se cumprir a função social de se casar (no que tange respeito as mulheres). 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