Devido à capacidade de gerar no ser humano experiências individuais propiciadas por interpretações, o cinema é considerado uma linguagem subjetiva. Este trabalho objetiva, por meio da tradução intersemiótica, investigar o contexto não-verbal de The Dawn of Man, presente em 2001: A Space Odyssey, de Stanley Kubrick, e construir uma interpretação cultural do referido. Nomes como Aumont (2012), Ciment (2013) e Eco (2010) contribuíram para a constituição do corpus teórico do trabalho, baseado nos conceitos de representação (partindo do ponto de vista semiótico) presentes em Pignatari (2004), e dos estudos sobre interpretação e superinterpretação, em Eco (2012). Tal corpus, unido à linguagem cinematográfica e elementos que compõem a narrativa fílmica do diretor, geraram (a partir da representação imagética) experiências visuais, as quais, em interação com nosso subconsciente, proporcionaram investigações e interpretações, ambas coerentes com a proposta de trabalho do diretor, atendendo ao resultado esperado.