Artigo Anais VIII FIPED

ANAIS de Evento

ISSN: 2316-1086

AS CONCEPÇÕES DAS CRIANÇAS DE 2º SÉRIE A RESPEITO DO SISTEMA DE ESCRITA

Palavra-chaves: APRENDIZAGEM, ESCRITA, PROFESSOR Pôster (PO) GT9 – CURRÍCULO E PRÁTICAS ESCOLARES
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Publicado em 08 de novembro de 2016

Resumo

O trabalho analisa as crianças de 2º série de Ensino Fundamental da escola Municipal São José em Vitória do Mearim, Maranhão; e como compreendem o sistema de escrita, pois muitos foram os estudiosos que ocuparam o seu tempo em pesquisas direcionadas apenas ao ensino, tentando explicar os processos e técnicas que deveriam nortear o trabalho pedagógico. Há alguns anos, destacaram-se outras linhas de pensamento, agora voltada para as concepções de aprendizagem, ou seja, descobrir como as crianças aprendem. O ato de compreender e atribuir significado às várias tentativas de ler e escrever realizados pelos alunos tornou-se um verdadeiro desafio para milhares de educadores. As pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosk foram determinantes para a construção deste trabalho, que parte primeiramente de análise reflexiva sobre as obras das referidas autoras, de onde foram extraídos os encaminhamentos necessários para se traçar um perfil dos estudantes, em relação às hipóteses de escrita, pois o professor precisa descobrir o que o aluno está pensando sobre a escrita naquele momento, mais do que avaliar se consegue desenhar bem cada uma das letras. Esta avaliação diagnóstica apresenta-se como essencial para o planejamento das atividades realizadas em sala de aula, principalmente, os agrupamentos produtivos. Em seguida, aplicou-se um ditado de palavras aos alunos, partindo das orientações: Prévias - definição de palavras de um mesmo campo semântico (lista de frutas, animais ferramentas, personagens de uma história lida, etc.); Escolha de quatro palavras e formulação de uma frase contendo uma delas. É importante que essas palavras sejam: uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e a última monossílaba, em seguida a frase; Durante – As palavras foram ditadas sem silabá-las. Após a escrita solicitou-se que cada criança, individualmente, apontasse o dedo e lesse; foram feitas marcas nas palavras de acordo com a leitura. Com os registros em mãos, tabularam-se os dados e arquivaram-se os resultados. Agora era partir para as atividades. A maior preocupação dos professores era desenvolver tarefas que despertassem o interesse dos alunos e ao mesmo tempo contribuíssem para o desenvolvimento de conhecimentos. Daí a importância de se propor atividades que possibilitem reflexão, pois se sabe que só há assimilação de conhecimentos quando estes passam pelo processo reflexivo. Também não adianta a realização das tarefas sem que o professor faça intervenções, porque é daí que os alunos são instigados a pensar. A turma aqui mencionada foi observada em três momentos: levantamento das hipóteses de escrita de cada criança, aplicação de atividades - direcionadas para os grupos que apresentavam determinadas hipóteses, para que elas avançassem, e ao final, aplicação de outra avaliação diagnóstica, seguindo-se os mesmos critérios da primeira, para fins de comparação. Percebeu-se que muitos alunos já haviam mudado de hipótese de escrita, confirmando assim, que além de percorrem estas etapas de aprendizagem, demostraram que pensam sobre o sistema de escrita mesmo antes de serem convidadas a fazerem registros. Espero que este material aqui apresentado seja fonte de pesquisa ao professor que deseja enriquecer sua prática pedagógica.

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