A situação da violência sexual contra crianças, adolescentes e jovens é bastante preocupante, apesar dos muitos anos de lutas e conquistas pelos direitos da criança e do adolescente, ainda hoje diversos são os casos registrados nos órgãos de denúncia sem contabilizar os casos que não chegam ao conhecimento público. Diretores, professores e orientadores pedagógicos devem estar atentos para a exploração e o abuso sexual. É fundamental que a escola consiga, por exemplo, reconhecer sinais de maus-tratos nas crianças e nos adolescentes. E não se trata apenas de observar as marcas físicas. Os estudos têm demonstrado que quando uma criança sofre esse tipo de violência, ela de alguma maneira, conta o que aconteceu e nem sempre isto é feito através de palavras, pois de forma recorrente, apenas com gestos, comportamentos diferenciados, ou por meio de desenhos os que foram vitimados se manifestam. Ninguém melhor do que os educadores, que passam longos períodos com as crianças e os adolescentes, para perceber tais mudanças. A escola deve e pode ser uma parceira de peso de todas as pessoas comprometidas com a luta contra a violência sexual. Ela deve e pode ajudar a romper o pacto de silêncio que ronda os crimes sexuais contra crianças, adolescentes e jovens. Sua missão é de extrema relevância, tanto na cruzada pela prevenção do problema - ajudando as crianças e suas famílias a lidarem de forma consciente com a sexualidade -, como também no combate, auxiliando quem sofre essas agressões a ter um atendimento adequado para que volte a ter uma vida saudável e feliz. Considerando o fato de que a escola é uma das instituições mais visadas para a prevenção e o enfrentamento da violência sexual este artigo construído a partir de uma pesquisa bibliográfica visa salientar a grande importância do engajamento da escola no processo de enfrentamento da violência sexual, bem como seu papel para proporcionar o bem estar das crianças e adolescentes.