Este trabalho se constitui como um ensaio para elaboração de um projeto de pesquisa, visando um doutoramento epistemologicamente referenciado na interdisciplinaridade entre História, Antropologia e estudos decoloniais. O objetivo geral está na análise da escola indígena como lugar-fronteira, pensada como ponto de intersecção entre mundos, histórias e culturas vistas por uma concepção de educação intercultural. Os objetivos específicos, assentam-se na descrição, análise e classificação dos agentes e elementos escolares indígenas no desenvolvimento da escola indígena, “contra e a favor” do Estado, enquanto ente responsável por políticas públicas ao passo que é uma instituição de poder em disputa, sob correlação de forças políticas e econômicas. A metodologia consiste na seleção de textos e pesquisa bibliográfica em bibliotecas e espaços virtuais, apontando para um recorte étnico e cultural, como extensão de trabalho de mestrado desenvolvido na Escola Indígena Tekator, do povo Apinajé (GOMES, 2016), que teve como objeto, a disciplina de história em suas formas próprias de ensinar e aprender. Espera-se com este ensaio e com o desenvolvimento da pesquisa, entender melhor a atualidade das escolas indígenas do Brasil em suas formas de educação intercultural nas relações entre mundos indígenas e não-indígenas.