O objetivo deste estudo foi investigar as relações entre a prática de atividade física moderada e vigorosa, desempenho físico e autoavaliação de saúde em idosos da comunidade. Os dados são oriundos do Estudo Fibra, um estudo multicêntrico observacional transversal, que investigou idosos com 65 anos ou mais sem déficit cognitivo sugestivo de demência, residentes na comunidade. A atividade física foi avaliada pelo Minnesota Leisure Time Physical Activity Questionnaire. O desempenho físico foi indicado pela força de preensão manual e velocidade da marcha, seguindo a metodologia adotada por Fried (2001). As comorbidades foram calculadas a partir das doenças crônicas autorrelatadas e a autoavaliação de saúde pela pergunta: Como o Sr (a) avalia sua saúde hoje¿ Muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim. Idade, sexo e analfabetismo foram obtidos por autorrelato. Primeiramente, foram realizadas análises descritivas para caracterizar a amostra por meio de frequências relativas e absolutas. Posteriormente, desenvolveu – se o teste Qui – quadrado de Pearson para investigar a associação entre as variáveis de interesse. O nível de significância adotado foi 5%. O programa utilizado foi o SPSS versão 21. Observaram-se associações tanto para força de preensão palmar como para velocidade da marcha com a prática de atividades físicas vigorosas. Considerando a presença de comorbidades e a autoavaliação de saúde verificou-se associação com a prática de atividade física moderada. Concluiu-se que a atividade física moderada é relevante para o bem estar idosos, podendo a sua prática ser reflexo de processos adaptativos que levam à escolha de atividades prazerosas e com demanda reduzida.