O envelhecimento populacional consiste em um desafio para a saúde pública contemporânea. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o número de idosos é de aproximadamente 20,5 milhões, o que corresponde a 11% da população nacional. Estima-se que em 2025, o Brasil ocupe a sexta posição em número de idosos, chegando a 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. O envelhecimento provoca alterações no organismo com isso, as estruturas relacionadas à resposta sexual também são afetadas, porém os avanços na área da saúde, permitiram aos idosos o redescobrimento de novas experiências como o sexo. A visão do idoso como ser assexuado faz com que a sociedade não levante possibilidades de construção de medidas preventivas que atinjam essa faixa etária, aumentando assim a vulnerabilidade do grupo às infecções sexualmente transmissíveis (IST). Visando propor intervenções voltadas à prevenção e promoção da saúde do grupo, este trabalho objetivou identificar o conhecimento e o comportamento dos idosos frente às infecções sexualmente transmissíveis. Na metodologia adotou-se uma revisão integrativa de literatura onde foi formulada uma questão norteadora. E posteriormente, utilizaram-se as bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), acessadas mediante links disponibilizados pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores idosos e doenças sexualmente transmissíveis, sendo encontrados 1.353 artigos e após aplicação dos critérios de inclusão, 31 artigos foram selecionados. Desses, foram excluídos estudos duplicados, com restrição de acesso e que não contemplavam a temática. A amostra do estudo foi composta por 13 artigos. Nos resultados verificou-se que a base de dados de maior destaque foi LILACS, com aproximadamente 92,31% dos artigos selecionados. Em relação ao periódico, pôde-se observar uma variedade, mas o Jornal Brasileiro Doenças Sexualmente Transmissíveis liderou a estatística com 15,38%. Por último, no que diz respeito ao idioma, o português foi 84,62% e o inglês, 15,38%. Com esse estudo, conclui-se que a maioria dos idosos tem conhecimento sobre as infecções sexualmente transmissíveis, porém ainda são resistentes quanto ao uso de métodos de prevenção durante as relações sexuais e se consideram invulneráveis a essas doenças. Com o aumento do número de idosos com infecções sexualmente transmissíveis faz-se necessário investimentos em ações de prevenção de agravos e promoção da saúde voltadas para essa faixa etária. Sendo importante estimular o papel dos profissionais de saúde, que devem ter uma visão ampla desse grupo etário, a fim de promover a mudança de comportamento dos idosos.