Um dos problemas de saúde relacionado ao idoso é a quantidade de pessoas acima de 60 anos com o vírus HIV, onde a taxa de incidência aumentou entre os anos de 1996 e 2006, nos homens era 5,8 aumentando para 9,4. E nas mulheres, cresceu de 1,7 passando para 5,1 por 100.000 habitantes. Objetivou-se analisar a vulnerabilidade ao HIV/AIDS na terceira idade. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e de caráter qualitativo, realizado no Hospital Regional Rafael Fernandes em Mossoró/RN, com uma mostra de sete idosos. A coleta de dados foi por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, onde as entrevistas foram gravadas através de um aparelho ipod para garantir a fidedignidade dos dados e a análise deu-se através de conteúdo de Bardin. O presente estudo foi realizado dentro dos preceitos éticos e bioéticos asseguradas pelas resoluções 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, 311/2007 do COFEN, e formalizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FACENE conforme CAAE: 07199212.7.0000.5179. A pesquisa demostrou que o analfabetismo, o nível de escolaridade baixo e a falta de conhecimento relacionado à patologia influem na elevação de casos de HIV na terceira idade. Ficou claro que os indivíduos infectados tinham um nível de escolaridade baixo e nem conhecia como era essa doença, tendo relatos de que não se prevenia porque não imaginava que corria o risco de serem infectadas, buscando conhecimento sobre a doença só após ser contaminado. Outro fator importante é a falta de campanhas de educação e prevenção da AIDS destinada à terceira idade, faz com que esta população esteja geralmente menos informada sobre o HIV e possivelmente sem nenhum tipo de conhecimento. A falta de acesso às informações quanto de suporte social e serviços de referência especializados no trato de HIV/AIDS torna ainda mais difícil a prevenção, apesar da AIDS ser considerada uma enfermidade que pode acometer indivíduos de uma sociedade como um todo não está havendo um suporte adequado para esta faixa etária. Desta forma, a sociedade não está preparada para receber para esse cenário, cercando os idosos de preconceitos, pois a terceira idade é tratada como uma faixa etária assexuada, onde faz-se necessário traçar estratégias para prevenir a o HIV/AIDS e ofertar um tratamento adequado aos que já foram infectados, garantindo a qualidade de vida desses indivíduos.