O processo de envelhecimento acontece de forma natural e é cada vez mais uma das preocupações da humanidade. Envelhecimento bem sucedido é aquele considerado com o mínimo de patologias possíveis e que estas estejam sob controle, permitindo-lhe autonomia e independência para sua convivência. Aqueles idosos cujo envelhecimento não é bem sucedido podem apresentar alta incidência para doenças crônicas, aumentando sua dependência e hospitalização (ARAÚJO; CALIFE, 2014). Assim, com o aumento da longevidade da população brasileira, desafios especiais são postos para a atenção à saúde, uma vez que os problemas de saúde dos idosos frequentemente são crônicos e podem requerer intervenções onerosas e com tecnologias complexas (LIMA et al., 2013). Justifica-se o interesse de realizar esse estudo, devido à importância da temática para o campo da saúde pública, ressaltando a necessidade de se avaliar o perfil epidemiológico de idosos atendidos em um centro de especialização, discutindo a importância de um estilo de vida saudável. Diante do exposto o estudo tem por objetivo avaliar o perfil epidemiológico de idosos atendidos em um centro de especialização para idoso situado na cidade de Natal/RN.
Trata-se de um estudo transversal realizado de Julho a Agosto de 2016. Foram analisados 59 idosos de ambos os sexos, 49 do feminino e 10 do masculino, com idade igual ou maior a 60 anos, atendidos em um Centro Especializado de Atenção à Saúde do Idoso (CEASI), localizado em Natal/RN. Os critérios de inclusão foram: idosos lúcidos, coerentes. Foram excluídos do estudo idosos dementes ou acamados.
Foram analisados os dados dos 59 idosos participantes da pesquisa e constatou-se que entre as características pesquisadas, a predominância foi do sexo feminino, correspondente a 83,05 % (n=49) da população estudada em relação a 16,95% (n=10) de idosos do sexo masculino.
Quanto à faixa etária, as faixas que compreendem 60 a 69 anos de idade foram as mais recorrentes, sendo a faixa de 65 a 69 anos e a de 60 a 64 anos correspondentes a 23,7% (n=14) e 22,0% (n=13) da amostra respectivamente. As faixas de idade entre 75 e 85 anos ou mais obtiveram percentual de ocorrência igual entre os idosos entrevistados, todas atingiram 11,9% (n=7) da população estudada.
.Conclui-se que ações de promoção e prevenção à saúde no âmbito da atenção básica com enfoque em melhora dos hábitos alimentares, combate a fatores de risco como obesidade, tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, direcionadas para estas e outras morbidades sejam planejadas e efetuadas no intuito de diminuir a incidência e prevalência destes agravos em saúde entre os idosos assistidos pelo na instituição.