O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia sobre o risco de quedas e o medo de cair em pacientes com Doença de Parkinson. Foram incluídos para a análise 12 pacientes de ambos os gêneros, nos estágios 1,2 e 3 da Hoehn e Yahr (HY), com média de idade de 60,4 anos. Esses pacientes foram recrutados de forma aleatória durante consulta de rotina no serviço. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Ficha de dados sociodemográficos; Mini-Exame do Estado Mental; Escala de HY; Timed up and Go Test (TUG); Teste de alcance funcional (TAF); Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I Brasil) e o Questionário de história de quedas. Após as 15 sessões de fisioterapia os pacientes foram reavaliados. O protocolo utilizado foi baseado no Guidelines for Physical Therapy in Patients with Parkinson’s Disease. O TAF e o TUG foram utilizados para o desfecho risco de quedas, apenas o TAF foi estatisticamente significativo (p=0,0074), apesar da redução do tempo no TUG. Uma vez que, o TAF avalia alterações dinâmicas do controle postural, nota-se melhora nesse aspecto nos pacientes, quando comparados com sua avaliação inicial. No desfecho medo de cair a FES-I Brasil não obteve resultado estatisticamente significativo (p= 0,16), provavelmente por sua etiologia multifatorial, que abrange aspectos cuja melhoria não está relacionada com a fisioterapia. O padrão de quedas verificado nesse estudo foi ocasionado por fatores extrínsecos e os episódios de quase quedas foram relacionados pelos pacientes como decorrentes da própria doença, desequilíbrio e falta de força nos membros inferiores.