O presente estudo é uma revisão narrativa que tem por objetivo fundamentar teoricamente os significados/expressões, bem como as visões sobre o envelhecer, através de uma abordagem histórica, biológica, social e cultural, atribuídos ao longo dos tempos, até os dias atuais. A proposta justifica-se, pelo fato de estarmos vivenciando um momento de redefinição das imagens sobre os idosos. Estes estão deixando de ser uma minoria, invisível e indesejada no mundo, para cada vez mais, exercerem papéis ativos na sociedade. Os idosos da atualidade, bem mais numerosos em termos mundiais,têm derrubado estigmas do ser imprestável e próximo do fim e, desafiado as teorias, que tentam explicar o envelhecimento. A morte não está atrelada a idade cronológica. Acredita-se que o “envelhecer bem” seja um processo individual, que depende principalmente do que se faz com o organismo, ao longo dos anos. Novas expressões têm surgido para designar esta fase da vida, deixando de lado o termo “velho”, conotativo de inútil ou imprestável, para termos mais expressivos com a realidade de cada idoso, tais como: terceira idade, melhor idade, adulto maduro, idoso velho, meia idade, maturidade, idade maior e idade madura, ageless, inclassificáveis, entre tantos outros. Na verdade, a busca por um “idioma comum”, como padrão de referência para os idosos, entre o meio científico, deve ser pensado a fim de se evitar mal entendidos. Pensamentos sobre este segmento da sociedade estão surgindo naturalmente, ainda a passos lentos, através do desenvolvimento no campo das Ciências Médicas (como a gerontologia), das Ciências Sociais, da Educação e da Comunicação. A interdisciplinaridade entre estes campos do conhecimento, torna-se inevitável e promissora.