Introdução: O crescimento da população idosa no Brasil vem ocorrendo de forma bastante acelerada. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano de 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de indivíduos idosos
Objetivo: O trabalho tem como objetivo Relatar a experiência do trabalho realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde e estudantes do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Santa Maria – Cajazeiras - PB acerca da prevenção de riscos de quedas em idosos, com impacto na redução da incidência de quedas neste grupo populacional.
Metodologia : Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado na cidade de Cajazeiras – PB. O cenário de estudo compreendeu a área de abrangência pertencente à Unidade Básica de Saúde da Família do bairro cristo rei na referida cidade, contendo 800 famílias cadastradas e 120 idosos de acordo com dados do relatório A2 - SIAB – 2015.
Considerando a prevalência de quedas entre os idosos acompanhados, e reconhecendo a necessidade de intervenção por parte dos profissionais de saúde, foram discutidas as propostas de ações a serem desenvolvidas. Enfatizou-se a importância de no momento da visita domiciliária realizada pelo ACS, fosse verificado os riscos ambientais favoráveis ao acometimento de quedas
Com o intuito de instrumentalizar o ACS acerca da temática foi planejada uma oficina sobre Instabilidade Postural e Quedas em Idosos, pelos estudantes do Curso de Enfermagem, onde foi apresentado e discutido o instrumento norteador para identificação de riscos ambientais de quedas em idosos, momento em que também foi realizado um cronograma de atividades a ser cumprido.
Resultados : No mês de setembro de 2015 iniciaram-se as atividades com realização de visitas domiciliárias em 100% dos domicílios dos idosos, oportunidade em que foram verificados os fatores de riscos ambientais para quedas. Baixa mobilidade urbana, dificultando o livre acesso, favorecendo escorregões e tropeços. Quanto ao ambiente interno do domicílio dos idosos, nos aspectos gerais, merecem destaque alguns fatores de risco ambientais: ausência de pisos antiderrapantes, inexistência de cadeiras equipadas com braços e de alturas adequada para permitir uma transferência segura do idoso, portas estreitas, dificultando ou obstruindo a circulação dos cadeirantes, inexistência de apoiadores nos banheiros, altura inadequada de vasos sanitários, cama com altura inapropriada para permitir a transferência do idoso com segurança, As beiras dos colchões com pouca ou sem resistência para oferecer um bom suporte ao sentar-se e ao tentar levantar-se, inexistência de grades de proteção nas camas de alguns idosos acamados.
Conclusão: Conclui-se reconhecendo a importância de atividades de educação em saúde junto à comunidade, com enfoque para as ações de prevenção, resultando em impacto na saúde dos indivíduos, com garantia de resolubilidade, efetividade e baixo custo, favorecendo o fortalecimento de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários.