O envelhecimento populacional é um processo instalado em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, como o Brasil, na atualidade. As rápidas mudanças ocorridas no perfil demográfico desses países nas ultimas décadas decorrem da redução das taxas de fecundidade e natalidade e o aumento da expectativa de vida por parte da população. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que em 2025 o Brasil terá a 6ª posição entre os países mais envelhecidos do mundo, com cerca de 34 milhões de idosos. Nesse cenário de transição demográfica, aumenta o surgimento de doenças crônico-degenerativas, comuns a essa faixa etária, e com elas as incapacidades funcionais decorrentes do envelhecimento e de complicações das doenças. Dentro desse panorama, a institucionalização é uma realidade vivenciada por muitos idosos no mundo inteiro. As Instituições de Longa Permanência em sua maioria são locais inapropriados e inadequados às necessidades que os idosos apresentam. Atividades de caráter físico, social e cognitivo são escassos nesses ambientes. Nesse sentido, é notória a importância da implantação de atividades lúdicas como a utilização da música como terapia nesses ambientes no intuito de mudar a realidade vivenciada pelos idosos em seu cotidiano. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a utilização da música como terapia para promoção da qualidade de vida de idosos de uma Instituição de Longa Permanência (ILP) do município de Cajazeiras-PB, com o objetivo específico de identificar mudanças na atividade de memória dos idosos estudados. O presente estudo tem uma abordagem quantitativa. Para alcançar os objetivos traçados, optou-se por uma pesquisa-ação de forma exploratória e intervencionista. A pesquisa foi realizada no Lar de Idosos Luca Zorn, Cajazeiras-PB. Foi realizada avaliação acerca das incapacidades funcionais (memória) e suas possíveis modificações no decorrer da realização da pesquisa. A pesquisa revela que a música tem uma forte influência no reestabelecimento das incapacidades funcionais presentes nos idosos, enfaticamente da memória, que é o objeto principal da investigação. Ao final desta pesquisa, constatamos que os idosos institucionalizados envolvidos neste trabalho apresentaram melhoras de ordem física, social e cognitiva com o uso da música como terapia.