Introdução: O crescimento da população idosa brasileira abrange proporções consideráveis, gerando mudanças nas condições de saúde da população, especialmente no grupo da terceira idade, com o aumento de doenças crônicas degenerativas, morbimortalidade, incapacidade funcional e aumento nas taxas de mortalidade, favorecendo a síndrome da fragilidade no idoso. Esta síndrome apresenta um conceito amplamente discutido, evidenciando uma síndrome clínica de natureza multifatorial, caracterizada por um estado de vulnerabilidade fisiológica, física, psicológica e cognitiva que leva a deteriorização da qualidade de vida aumentando a sobrecarga dos cuidadores e autos custos com a saúde. Objetivo: Identificar os fatores fundamentais que afetam as perdas funcionais, morbidades e fragilidade dos idosos de acordo com pesquisas realizadas. Metodologia: Foi efetivado um estudo sistemático cuja amostra se deu através de 15 artigos científicos selecionados a partir de pesquisa nas bases de dados SciELO - Scientific Electronic Library Online e LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, sendo estas, publicações de organismos nacionais, dissertações, teses e monografias. Foram utilizadas cinco variáveis para analisar as características predominantes na síndrome da fragilidade no idoso (sexo; comorbilidade; doenças fisiológicas; fatores físicos e fatores socioeconômicos). Resultados: Vale ressalvar que a maioria dos periódicos analisados, 43% foram publicados no ano de 2011. Caracterizou-se nos estudos que as mulheres são mais suscetíveis a adquirir a síndrome da fragilidade quando comparado aos homens, indicando que elas tem menos força muscular devido a combinação da idade e realização de atividade e obrigações desempenhadas decorrentes de papeis sociais. No que diz respeito aos fatores físicos constatou-se que a sarcopenia sobressaiu em relação as comorbidades/doenças fisiológicas, porém a perda progressiva da força e massa muscular dificulta as atividade da vida diária e a deambulação provocando quedas que representa a principal causa de incapacidade em idosos. O aumento no risco da fragilidade interferiu positivamente com os baixos níveis socioeconômico principalmente quando associados a algum tipo de doença. Conclusões: O presente estudo demonstrou que a síndrome da fragilidade no idoso abrange um conceito complexo associando fatores biológicos, sociais, psicológicos e cognitivos ao longo do processo de envelhecimento. Destarte, se faz necessário abordar que ainda não existe tratamento voltado diretamente para este problema o que demanda o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para redução dos efeitos da fragilidade por equipes multidisciplinares, diminuindo o risco de hospitalização e consequentemente as taxas de morbimortalidade e o fortalecimento de estratégias que mantenham a saúde cognitiva, funcional, promovendo um envelhecimento independente e com qualidade de vida. Nesse sentido, novos estudos prospectivos são necessários a fim de contribuir cada vez mais para relevância da fragilidade do idoso como problema individual e coletivo.