Têm-se notado, atualmente, uma maior inserção de discentes e docentes surdos no ambiente educacional devido, provavelmente, às estruturações das instituições de ensino ocorridas na última década e mudanças na legislação, como a Lei nº 10.436/2002 e o Decreto nº 5.626/2005 que regulamentam aspectos profissionais e de formação educacional para os surdos. Ante o exposto o objetivo desta pesquisa foi analisar os relatos do docente surdo que ministra a disciplina de Libras no âmbito da Universidade Federal da Paraíba – Campus II, Areia – PB. Como método de coleta de dados o docente surdo optou por uma entrevista semiestruturada ao invés de um questionário porque a Libras é sua primeira língua. Mediante a realização desta pesquisa pode-se conhecer a trajetória acadêmica e profissional na educação do docente surdo, desde época de criança na qual sofria preconceito, passando pelo ensino superior, onde a maioria dos seus professores e colegas era surda até a inserção no mercado de trabalho como docente do CCA/UFPB. Ante os resultados obtidos notou-se que a Libras se faz necessária no cotidiano de todas as pessoas não só como obrigatoriedade curricular estabelecida por lei, mas, sim, como importante forma de comunicação e de relação entre pessoas ouvintes e surdas, seja no contexto acadêmico, profissional ou no cotidiano, além disso, foi possível perceber que a língua oficial utilizada pelo entrevistado é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e mesmo com todas as mudanças ocorridas nos últimos anos ainda se torna necessário que as Instituições de Ensino se adequem ao decreto nº 5.626/2005, o qual estabelece a presença de um Tradutor e Intérprete em Língua de Sinais (TILS) a fim de mediar à relação entre ouvintes e surdos.