A educação inclusiva é uma proposta recente, predita pela legislação brasileira, uma vez que a mesma prevê como direito de todos o acesso, bem como as condições necessárias para uma aprendizagem de qualidade. Este trabalho tem como objetivo explanar sobre as perspectivas dos professores e alunos deficientes visuais quanto ao ensino de Ciências e Biologia. Sendo esta uma pesquisa com base em pressupostos metodológicos qualitativos, visando à compreensão dos diferentes significados e sentidos, utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada, e para análise foi realizada a categorização dos dados obtidos. Foram entrevistados três professores e 13 alunos de duas escolas do município de João Pessoa-PB, sendo elas: Escola Municipal General Rodrigo Otávio e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Olivina Olivia Carneiro da Cunha. Observou-se nos resultados que a maior dificuldade dos professores é a falta de formação no âmbito da educação inclusiva, " não existia na minha formação nenhuma disciplina ou projeto que envolvesse esses alunos no nosso cotidiano [..]” (prof. De Biologia), e para os alunos a ausência dos materiais didáticos para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, " sinto falta de gráficos em alto relevo, que temos poucos." (Aluno 3ª série do ensino médio). Pode-se concluir que há muito a se percorrer para uma contextualização e adaptação do ensino de Ciências e Biologia para os deficientes visuais, e a compreensão efetiva da percepção deste mundo revela um caminho para a inclusão, com a possibilidade de um ensino experimental válido para a pluralidade de pessoas.