O ensino de biologia para pessoas com necessidades educativas especiais tem sido um desafio para os educadores, pois ainda temos um ensino tradicional que não é inclusivo. O presente trabalho teve como objetivo, utilizar uma metodologia com a utilização da argila, onde pudéssemos mostrar o processo inicial de embriogênese do desenvolvimento humano aos portadores de deficiência visual. A aplicação desta metodologia foi realizada no Instituto dos Cegos de Campina Grande – Paraíba, para um grupo de adolescentes alunos daquela instituição. Foi elaborado um roteiro de aula, no qual, pode ser disponibilizado em formato de áudio para que professores deficientes visuais, também possam utilizar-se desta metodologia. Os resultados mostraram que diversos alunos possuem habilidades manuais para o manuseio com a argila, bem como foi revelado uma maior integração entre eles, de forma lúdica e indireta, houve incentivos pelo trabalho em grupo de forma prazerosa, onde houve ajuda dos colegas para concluir o trabalho. Portanto, foi uma experiência docente com uma aula dinâmica, proporcionando tanto ao aluno quanto ao professor, serem agentes de um processo de aprendizagem ativo, criativo e que através do diálogo e da postura democrática em sala de aula, possibilitou a relação do ensino para com a vida. A política pública de educação inclusiva propõe em textos, resoluções e em outros documentos oficiais sobre as necessidades educacionais especiais ao longo da educação no Brasil. Entretanto o trabalho com argila nos mostrou que é possível através da voz, das mãos e da argila, contribuir efetivamente para o processo de aprendizagem, onde alunos portadores de deficiência visual possam compreender conteúdos da biologia, fazendo com que o processo de ensino se transforme num trabalho em equipe, levando-os a pensar de forma critica sobre um assunto que está também relacionado com o cotidiano dos educandos.