Este artigo discute acerca da relação entre currículo e diversidade, no sentido de pensarmos e interrogarmos o campo curricular e o conhecimento escolar, tendo em vista as demandas trazidas pelas diferenças, além de indagar acerca dos conceitos de educação na perspectiva da diversidade, concluindo que não é possível pensar e fazer políticas públicas educacionais sem ter claros os conceitos de direitos humanos, cidadania e educação inclusiva, que estão subjacentes a essas políticas. Educar com e para a diversidade na escola não é um apelo romântico do final do século XXI. Na realidade, a cobrança feita hoje em relação à maneira como a escola lida com a diversidade na sua rotina, no seu currículo, nas suas práticas faz parte de uma história mais ampla. Partindo do pressuposto de que apesar dos Direitos Humanos serem amplamente previstos na legislação, sua garantia e seu reconhecimento ainda hoje, em muitos lugares, não são respeitados. Nesse sentido, sendo a escola um lugar de convivência com a diversidade, é um espaço privilegiado para discussões de questões referentes aos direitos humanos e sensibilização dos estudantes quanto a seus direitos fundamentais. Esse estudo foi fundamentado na visão de diferentes autores que tratam da temática como também em orientações do Ministério da Educação. Na pesquisa com abordagem quantiqualitativa, os dados foram coletados em uma escola pública municipal de ensino fundamental que atende alunos do 1º ao 5º ano, utilizando como instrumento a entrevista estruturada, realizada com professores. Nos resultados são consideradas as percepções dos professores sobre o currículo e as diferenças no ambiente escolar.