Na educação escolarizada a discussão da temática étnico-racial, propicia o fortalecimento da cultura negra no campo educacional e contribui na revalorização de segmentos culturais não valorizados negros/as. A formação de professor na temática étnico-racial, possibilita o vislumbre sobre novos olhares em torno da questão racial brasileira. No espaço da escola quilombola, a formação de professor que venha ensejar está temática contribui para a afirmação cultural, identitária e política de alunos e alunas quilombola, propicia o entrelaço entre comunidade e escola, mas permite a valorização cultural e social do povo negro, a partir das ações desenvolvidas pelos docentes. Este artigo tem como objetivo, refletir sobre o relato de experiência de formação de professor para a temática étnico-racial, numa escola pública, na comunidade quilombola de Paratibe, João Pessoa-PB. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, partindo de uma experiência educativa com a temática racial, sendo consubstanciada pelas tessituras de autores como: Canclini (1989), Dadesky (1997) e Gomes (2003) dentre outros. Compreendemos que formar professores que vão atuar em escola de quilombo a partir da temática, põe em evidência as propostas da lei 10.639/2003 e de demais políticas educacionais que discutem a temática. A educação na perspectiva das relações étnico-raciais propicia uma ética para educar, e neste sentido, a formação docente aportada nestas discussões, visa colaborar com a escola, com a comunidade e com o saber-fazer docente e o alunado, pois ao ser inserida no espaço da escola, não apenas é relevante para a integração/interação social dos sujeitos aprendentes, mas possibilita, discutir e produzir saber a partir da sala de aula.